Confira agora 7 situações que caracterizam assédio moral na empresa

assédio moral na empresa
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O assédio moral na empresa é uma das principais causas de reclamações trabalhistas pelas quais empregados ingressam na Justiça do Trabalho. Muitas vezes, ele ocorre sem que o assediado consiga perceber, e isso se deve a uma única coisa: falta de conhecimento dos direitos e limites que devem existir em uma relação de trabalho.

Quando levados à justiça, os casos de assédio moral geram indenizações pesadas para a empresa, além de prejudicarem sua credibilidade perante o mercado. Você, enquanto gestor, deve ficar atento, avaliando as atitudes dos seus empregados que gerenciam pessoas, bem como as suas próprias.

Neste artigo, mostraremos o que é, as consequências e as formas de caracterização do assédio moral na empresa. Acompanhe!

O que é o assédio moral?

O assédio moral na empresa é um tipo de agressão que consiste em situações de perseguição causando humilhação e constrangimento do trabalhador, ofendendo, principalmente, a sua dignidade. O objetivo dessa agressão é inferiorizar, diminuir e desabilitar mentalmente o empregado em seu próprio ambiente de trabalho, o que acaba prejudicando a sua saúde física e mental.

Apesar da gravidade, o tema ainda é pouco debatido nas empresas e, em muitos casos, bastante confuso para os empregados. No entanto, o assédio moral é uma prática muito comum no ambiente de trabalho e precisa ser analisado com muito cuidado por você, enquanto gestor de um negócio.

Existem várias formas de caracterização do assédio moral, entretanto, a mais comum é aquela executada entre uma pessoa de nível hierárquico superior contra outro trabalhador que está abaixo nessa relação. Nesse contexto, pode ocorrer entre o dono da empresa e um trabalhador, ou entre os próprios empregados, a depender dos níveis hierárquicos que existem entre eles.

Quais as consequências que essa prática pode gerar?

Uma das consequências muito comuns do assédio moral na empresa é a diminuição da motivação e da produtividade do empregado em executar suas atividades. No entanto, existem outros prejuízos que podem ser causados pelo assédio moral.

Alguns casos mais graves podem chegar a interferir na vida pessoal do empregado.

Além disso, o assédio moral na empresa é um tipo de ação que pode acarretar um processo judicial para o empregador ou para o funcionário que o executa. Sendo assim, além de prejudicar o perfeito andamento e o funcionamento da sua empresa, a prática dos atos que vamos mencionar a seguir pode gerar problemas financeiros graves em seu negócio.

Quais as principais condutas que caracterizam o assédio moral na empresa?

A partir de agora, considerando que você já conhece o que é o assédio moral na empresa e quais os prejuízos que ele pode causar à organização, vamos apresentar as principais condutas que podem caracterizar essa prática.

1. Agressões verbais

Uma prática muito comum de assédio moral é a famosa agressão verbal. Ela ocorre, geralmente, após o empregado executar alguma atividade incompatível com o que foi estabelecido por seu superior ou quando ele, simplesmente, estiver com vontade de praticar o ato. Entretanto, também é muito comum que esse tipo de agressão ocorra sem um motivo específico.

2. Metas abusivas

O que também configura o assédio moral é a definição de metas abusivas para determinado empregado. Quando isso ocorre, o objetivo principal do abusador é fazer com que o empregado não atinja o resultado determinado e, em seguida, seja agredido com palavras ou outras situações vexatórias.

3. Atribuição de erros imaginários

Também existe um caso muito comum em que o gestor é praticante do abuso ao atribuir erros que, simplesmente, não existem ao trabalhador, que é a vítima do assédio. A finalidade dessa ação é obter meios para justificar uma possível agressão com palavras ou com outras formas que mencionamos neste artigo.

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4. Punições injustas

As punições injustas também são ações que podem ser caracterizadas como assédio moral na empresa. Elas visam a punir determinados empregados que executaram algumas práticas, que, na visão do seu superior, não deveriam ser elaboradas de determinada forma. No entanto, para configurar o referido ato, é necessário que tal condição seja, efetivamente, dada por um motivo injusto.

5. Omissão de instrução

Acredite, abusadores são capazes de fornecer instruções incorretas apenas para ter a oportunidade de praticar o assédio moral contra algum empregado. Existem casos em que o gestor ou o responsável por algum setor abre mão da perfeita organização de seu departamento apenas para justificar uma agressão a algum trabalhador.

6. Ameaças

Outra forma muito comum de praticar o assédio moral é por meio de ameaças. O gestor — ou o superior do funcionário — coloca o seu emprego em risco, caso ele não execute determinada tarefa da forma como foi estabelecido.

Por mais que esse empregado se dedique e execute a atividade que foi confiada a ele — mesmo que baseada em metas e objetivos impossíveis —, o acusador não se dará por satisfeito e ainda praticará as ameaças contra questões profissionais relativas exclusivamente ao empregado abusado.

7. Brincadeiras constrangedoras

Por fim, existem as brincadeiras constrangedoras. Entretanto, para caracterizar o assédio moral, é importante que alguns elementos estejam presentes. Afinal, em alguns casos, algumas brincadeiras podem não ter o objetivo de denegrir a imagem do empregado ou prejudicar sua saúde mental.

As brincadeiras constrangedoras que têm por objetivo assediar um empregado são compostas de ações em que o abusador sabe que o empregado ficará profundamente ofendido ou envergonhado com as palavras ou os gestos executados. Esses casos são bem complexos de serem provados dada a subjetividade que esse tipo de prática pode ter dentro de uma empresa.

Como a empresa deve agir nestes casos?

Quando casos como esses ocorrem em seu estabelecimento, é necessário tomar algumas atitudes para evitar que o assédio moral vire um problema judicial. Nesse caso, quando você detectar esse tipo de conduta em sua empresa precisa agir rápido.

Inicialmente, verifique se os abusos, efetivamente, tiveram objetivo de denegrir a imagem do empregado, em seguida, faça uma notificação firme e direta ao abusador. Mostre a ele qual o tipo de erro ele está cometendo e quais serão os prejuízos caso isso continue.

Se dentro de um prazo as agressões não cessarem, a alternativa seria realocar o funcionário abusador para um departamento que não mantém contato com a vítima ou, em último caso, será necessário demitir o empregado.

Essas ações, além de sessar o abuso, também servirão de exemplo para outros empregados. Elas mostrarão que você está atento a esse tipo de problema e que ele será coibido de forma eficiente e definitiva.

Uma ação que pode ser adotada na sua empresa é o processo de Comunicação Não-violenta, que trata-se, basicamente, de um processo que apoia o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, visando sempre a comunicação eficaz.

Agora que você já conhece as consequências, bem como as principais práticas que caracterizam o assédio moral na empresa, o próximo passo é avaliar com cuidado cada um dos pontos descritos e fazer uma análise das suas atitudes e da conduta daqueles que gerenciam sua equipe.

Gostou deste artigo? Gostaria de complementar o assunto ou, simplesmente, tirar alguma dúvida? Então, deixe um comentário logo abaixo e interaja conosco sobre o que você entende acerca dessa questão. Teremos imenso prazer em saber a sua opinião.

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